quarta-feira, 13 de julho de 2011

As 3 peças fundamentais

Na onda de sair dedicando tudo.
Para você, Ká. E para você, Ma.

             Não há fórmula certa para que duas pessoas fiquem juntas, e nem motivos bons o suficiente para que se aceite o fato de não funcionar como deveria (eu já comecei outro post assim, mas é sempre bom lembrar). Se relacionar vem sendo cada vez mais difícil, mas  parece que finalmente há um esforço mínimo que seja para se tentar ser verdadeiramente feliz com outra pessoa, ou pelo menos a Pollyanna Moça que aqui escreve acha isso.
 Textos que falam sobre o retorno de  netuno , ou do jornalista Ivan Martins, ou do Xico Sá , pipocam em caixas de e-mail, twitter e facebook. Isso não pode ser à toa, talvez seja uma denúncia do que vem acontecendo, ou será que cansamos de seguir exemplos modernos de casais? Quem sabe agora questionemos se Sartre e Simone não tinham dificuldades ainda maiores com tanta liberdade, ou pior, que talvez não se bastassem. Eu acredito nisso.
Muito se é ouvido, muito se é aconselhado, muito se é suposto, e discordando um pouco do maestro, é possível sim ser feliz sozinho, só que é chato para caramba a médio prazo. É vital para se ter qualidade de afeto, porém, aprender a se virar solitariamente. Esta é a única forma de saber pular fora quando os problemas, aqueles que nos fazem viciar ainda mais em relações complexas, aparecem. Quando existe um trabalho de se conhecer melhor, de ver o que realmente se quer, e precisa, fica mais “fácil” (nunca é) contornar as linhas tênues entre a saudade de se estar com alguém, a obsessão e a rejeição (pode ser substituído por fracasso, no caso de ser a voz ativa). Fica mais “fácil” (nunca é) de ver como as coisas se dão e, acima de tudo, fica mais “fácil” (alto nível de dificuldade) não cair em jogos e manipulações de fraquezas, que destroem coisas boas e machucam quando o manipulado (seja quem for na relação) percebe.
Longe de ser a dona da verdade, ou a profunda conhecedora de relacionamentos, mas sendo uma boa ouvinte e tendo passado por tudo isso recentemente (ciclo vicioso da saudade, briga, esperança, desencanto, certezas, separação, fim, ufa), eu tenho que concordar um pouco com o Ivan Martins. Nem tudo que é difícil é bom, ou melhor. Só que para facilitar o que naturalmente não é, precisamos nos simplificar, para quem saber encontrar outro ser simplificado e juntos construirmos algo bem grandioso, forte e delícia. O trabalho é longo e árduo, mas acho que no final deve valer a pena, ainda não sei.
Renato Russo professou o capítulo 13 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios na música Monte Castelo, ok, não vou tocar no assunto Legião, mas é que a música é conhecida. O capítulo em questão é mais bonito que a letra da música (indiferente de qualquer crença religiosa), e digo isso com aval de muito ateu que concorda. São Paulo fala sobre as três coisas que levam a Deus: fé, esperança e caridade. Ele termina dizendo que a caridade (amor para com o outro) é a coisa mais importante de todas. No fundo o Santo verborrágico missivista tem razão, e por isso termino como ele. Se tivesse que dizer o que faz um relacionamento dar certo, um amor durar, ou o que eu acredito atualmente, depois do que foi vivido e experimentado nesses, humm, 13 anos me relacionando, eu diria que são três peças fundamentais que fazem essa engrenagem mover bem: o respeito, o companheirismo e o tesão.
Vou ali tatuar isso na outra costela e já volto.

2 comentários:

VW Nonno disse...

Simone e Sartre tinham uma baita parceria intelectual e companheirismo. O tesão rolava por outras bandas. É só pegar as fotos de Simone, quando se envolveu com o escritor americano Nelson Algren e ver como era Simone quando sexo estava envolvido. Sem turbante, cabelos ao vento e fotografada nua.
Ela o largou em nome do seu projeto maior de vida: intelectual.
Não são exemplo para muita gente, são? Não quando se trata de amor, esse bichinho arredio.

Catarina disse...

penso o tempo todo que podia ser mais simples assim. e sigo acreditando.
te amo.