terça-feira, 2 de março de 2010

Saudades das fantasias


"(...) Além disso, não era ela uma mulher da sociedade, uma mulher casada, uma verdadeira amante, enfim?
Pela diversidade de seu caráter, alternativamente mística ou alegre, faladora, taciturna, arrebatada, indolente, despertava-lhe mil desejos, evocando instintos ou reminiscências. Emma era a apaixonada de todos os romances, a heroína de todos os dramas, a vaga "ela" de todos os volumes de versos. Achava-lhe nos ombros a cor de âmbar da "odalisca no banho"; tinha o colete pontiagudo das castelãs feudais; assemelhava-se também à "mulher pálida da Barcelona", mas era sobretudo anjo". Madame Bovary (Gustave Flaubert) - pg. 252

Foto de: Helmut Newton

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