sexta-feira, 11 de março de 2011

Fração do ser

" É que (abrindo um parêntese) Alejandro tinha vocação para compartilhar tudo: comida, leituras, ideias, sexo. Se você punha um prato na frente dele, ele insistia para que você experimentasse um pouco. Se estava mergulhado num romance, ele me chamava e lia em voz alta algum parágrafo do qual gostara. Se no meio da noite lhe ocorresse uma observação, um desatino qualquer, ele me acordava para contar. E a cama, segundo ele, não era lugar para dormir sozinho. Dizia que só os egoístas se masturbavam". MANGUEL, Alberto. Todos os homens são mentirosos (pág.86)


                                        "Don't call my name, Alejandro." - Foto: papertissue