« Le beau est toujours bizarre. Je ne veux pas dire qu'il soit volontairement, froidement bizarre, car dans ce cas il serait un monstre sorti des rails de la vie. Je dis qu'il contient toujours un peu de bizarrerie, de bizarrerie non voulue, inconsciente, et que c'est cette bizarrerie qui le fait être particulièrement le Beau. » (Charles Baudelaire)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
The black Limo
Sábado, saí apressada de um churrasco rumo a um restaurante japonês. No meio do caminho, no sentido contrário, desce uma limousine preta, com luzes neon azuis, e muitas portas. Meu táxi passou por ela e fiz um pedido, porque simplesmente achei que cabia pedir qualquer coisa diante de uma limousine. Hoje, depois de 4 dias viajando, no passeio habitual com os cães, me deparo com a mesma limousine. Ela passou por mim, apressada e despretensiosa, fiquei olhando sua dificuldade em fazer a curva. Optei por não fazer um pedido, pelo contrário, tive medo. Que tipo de sinal divino (ou não) será ver limousines? Dizem que ver muitos anões não é boa coisa, que quem sonha com dente é morte na certa, e que quando se passa por um freira é necessário beliscar alguém e fazer um pedido. Agora, sobre limousines ninguém nunca me falou nada. Diante da coincidência, e da falta de informações ocultistas sobre o tema, eu mesma decidi meu ritual: a partir de hoje, todas as vezes que passar por uma limousine preta, faço um pedido relacionado a coisas do coração. Quando passar pelas brancas, pedirei algo em relação a saúde, e às prateadas pedirei somente questões profissionais. A parte divina entrará somente para controlar quais veículos de luxo passarão por mim. No momento, fico aguardando ansiosamente pela prateada, espero afoita pela branca, e quero que a preta passe pelo menos mais duas vezes. Puxa, preciso na verdade encontrar em meu caminho uma de outra cor, para que eu possa pedir a ela para fazer passar todas as outras.
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Um comentário:
o post é bonito e muito simbólico: três tipos de limo... é quase um conto de fadas. Lembro de carros estranhos que passam e abrem suas portas em "As bruxas de Eastwick", em "Do inferno" e num poema leve, embora lidando com tema soturno, de Emily Dickinson: " Porque não pude parar p'ra Morte, ela Parou p'ra mim, de bondade. No coche só cabíamos as duas. E a Imortalidade".
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