sexta-feira, 27 de agosto de 2010

The black Limo

Sábado, saí apressada de um churrasco rumo a um restaurante japonês. No meio do caminho, no sentido contrário, desce uma limousine preta, com luzes neon azuis, e muitas portas. Meu táxi passou por ela e fiz um pedido, porque simplesmente achei que cabia pedir qualquer coisa diante de uma limousine. Hoje, depois de 4 dias viajando, no passeio habitual com os cães, me deparo com a mesma limousine. Ela passou por mim, apressada e despretensiosa, fiquei olhando sua dificuldade em fazer a curva. Optei por não fazer um pedido, pelo contrário, tive medo. Que tipo de sinal divino (ou não) será ver limousines? Dizem que ver muitos anões não é boa coisa, que quem sonha com dente é morte na certa, e que quando se passa por um freira é necessário beliscar alguém e fazer um pedido. Agora, sobre limousines ninguém nunca me falou nada. Diante da coincidência, e da falta de informações ocultistas sobre o tema, eu mesma decidi meu ritual: a partir de hoje, todas as vezes que passar por uma limousine preta, faço um pedido relacionado a coisas do coração. Quando passar pelas brancas, pedirei algo em relação a saúde, e às prateadas pedirei somente questões profissionais. A parte divina entrará somente para controlar quais veículos de luxo passarão por mim. No momento, fico aguardando ansiosamente pela prateada, espero afoita pela branca, e quero que a preta passe pelo menos mais duas vezes. Puxa, preciso na verdade encontrar em meu caminho uma de outra cor, para que eu possa pedir a ela para fazer passar todas as outras.

Um comentário:

VW Nonno disse...

o post é bonito e muito simbólico: três tipos de limo... é quase um conto de fadas. Lembro de carros estranhos que passam e abrem suas portas em "As bruxas de Eastwick", em "Do inferno" e num poema leve, embora lidando com tema soturno, de Emily Dickinson: " Porque não pude parar p'ra Morte, ela Parou p'ra mim, de bondade. No coche só cabíamos as duas. E a Imortalidade".