domingo, 4 de março de 2012

Para Esmé, com amor e sordidez*

Tu és manjar de reis, dos mais finos canapés, mas agora é sua vez, de me fazer mil cafunés.

Amor, não faz assim, carinho não é ruim.

O início do fim, ou o fim do início. Em nunca havendo um início, como é possível haver fim? Quantos fins podem existir  em um único início? Quanto estamos dispostos a aguentar? Muito? Mas para isso seria necessário vislumbrar novos inícios reais, de preferência que viessem com respeito e algum tipo de sentimento genuíno de fábrica (daqueles bons, não dúbios, sem tiquinhos de raiva ou pitadas de vingança)dos mais simples, por favor, ao divisor de silêncios, das risadas ante piadas tolas à não racionalização dos gestos. Afinal, é através dos gestos, e não das palavras, que construímos algo. Elas mesmas perdem força na ausência de gestos que as comprovem, e sozinhas nunca vão redimir ninguém. Todavia, é digno de nota que desculpas também são fracas, quando o intuito é apenas atrapalhar o silêncio afetivo do outro. Sacanagem só com carinho, tipo cosquinha ou charminho, se não é só para fazer da autoestima do outro escada para vaidade, e esse caminho só leva para baixo.
De que vale uma confissão quando quem fala não sente o que diz?
Nada.






* Título de um conto de J.D Salinger.

** Salvamento: http://www.youtube.com/watch?v=IDbEQnrk7fQ

*** Mundimuliebris talvez não volte. O universo não está muito perfumado, a atmosfera esta pesada - é a notícia que corre nos salões por ai. Veremos o que fazer.

3 comentários:

Catarina disse...

ah não. tem que voltar. humpf.

Julieta disse...

Voluntária pra ajudar no caminhão de mudança para um novo sítio o/.

Jeanne Duval disse...

Catarina e Julieta, ainda vai demorar um pouquinho, não sei se muito, ou muito em breve. A procura de um novo logradouro para o sítio requer coragem, empenho, determinação e toda ajuda é necessária nas caixas e plásticos bolhas. Todavia, prometo fazer um open house animado.