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Eu segurava dois balões: um de gás hélio, cintilante, e um bonito, mas que não voava. Os dois não cabiam na minha mão, o de gás hélio eu já tinha segurado demais, se brincasse com ele eu o perderia para sempre. Um dia chegou a hora de soltar e deixá-lo voar, esse era o seu destino. Fiquei olhando ele subir e sumir em um dia sem nuvens, acho que cheguei a acenar dando um "adeus", com os olhos semicerrados por causa do sol. Optei pelo outro, que não brilha, mas que me permite aproveitar ao máximo sua condição de balão. Tenho que vencer, no entanto, meu medo que ele possa estourar a qualquer momento. Medo e brincadeira não andam de mãos dadas.
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Minha memória sonora é minha aliada mais traiçoeira. Hoje ouvi o remix do Beck para o Philip Glass e tive vontade de dividir com quem aproveitaria ao máximo a beleza desses 20 minutos, só que não foi possível. É engraçado como surge inesperadamente em algumas pequenas frações de minutos uma vontade de repetir algumas sensações... a da espera é uma delas.
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