Conheci a Oficina Brennand não faz muitos dias e fiquei encantada com o lugar, com as obras, e de como ao entrar lá, entre esculturas fálicas, passáros e lagartos, a solidão fica do lado de fora.
"Solidão a sua porta" - a Francisco Brennand
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando mais nada interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)
Quando, pelo desuso da navalha,
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é envolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.
Carlos Pereira - poeta recifense
(um pouco mais de Pernambuco, que mistura alegria e melancolia com sol e chuva como em poucos lugares se viu)
Um comentário:
Incrível.
Postar um comentário