sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O décimo terceiro signo dos zodíacos

Conheci a Oficina Brennand não faz muitos dias e fiquei encantada com o lugar, com as obras, e de como ao entrar lá, entre esculturas fálicas, passáros e lagartos, a solidão fica do lado de fora.

"Solidão a sua porta" - a Francisco Brennand

Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando mais nada interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)

Quando, pelo desuso da navalha,
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

A arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

Com tudo que é envolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

Carlos Pereira - poeta recifense

(um pouco mais de Pernambuco, que mistura alegria e melancolia com sol e chuva como em poucos lugares se viu)