« Le beau est toujours bizarre. Je ne veux pas dire qu'il soit volontairement, froidement bizarre, car dans ce cas il serait un monstre sorti des rails de la vie. Je dis qu'il contient toujours un peu de bizarrerie, de bizarrerie non voulue, inconsciente, et que c'est cette bizarrerie qui le fait être particulièrement le Beau. » (Charles Baudelaire)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Debaixo para cima
Gosto dessa hipérbole: Me rasgar inteira. Fico imaginando uma pessoa com uma tesoura, ou com a mão mesmo, tirando grandes pedaços de si própria, como no clipe do Robbie Williams (http://www.youtube.com/watch?v=TGelsMOIJZY ). Se as pessoas pudessem se rasgar inteiras, acredito que os indíces de suicídio diminuiriam. Se rasgar, pelo menos para mim, não envolve morte nem dor, nem autoflagelação. É só, puro e simples, se rasgar. Nos últimos dias, se houvesse a oportunidade de me rasgar inteira, acho que começaria pela fenda que nós mulheres possuímos e puxaria para cima. Isso! acho que me rasgaria em dois. Não me vejo em vários pedaços, somente lado direito (razão) e lado esquerdo (emoção). Uma vez rasgando meu meridiano, ficariam as duas partes imóveis uma do lado da outra, porém separadas só um pouquinho. Não haveria sangue, mas acho que o lado esquerdo ficaria estrebuchando um pouco até se acalmar. O direito tentaria aos poucos fazer contato com o esquerdo rebelde, e no final eles até se uniriam, mas não seria um processo rápido, pelo contrário, seria um processo longo. Uma vez colada, eu seguiria adiante e faria tudo na vida de novo! Plantaria e colheria coisas belas e sujas, mas sabendo que o ritual de purificação, autoconhecimento e redenção seria possível. De tempos em tempos eu me rasgaria para que, desta forma, eu me encontrasse cada vez mais.
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2 comentários:
Perfeito, cuma, perfeito.
Como disse Karina: perfeito, super, perfeito.
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