quarta-feira, 25 de março de 2009

Vomitando angústia

Acho que se eu tomasse um coquetel à base de Frontal, Valium, Lithium, Diazepan, Voltarem, Rivotril, Prozac, Fluoxetina, complementando com um floral de Bach e uma boa Gin Tônica, sendo a tônica diet por favor, ainda assim eu não teria a paz de espírito que preciso. Eu ando rezando tanto para que tudo dê certo, que tem horas que sinto que minhas energias se foram e minhas preces não chegaram aos céus. O mashup está variando entre de novo não e por que? Mas sinto que tudo vai dar certo, e que a força que tirarei desta lição vai ser ainda mais importante do que da primeira.

Estou focando no nada, e tento passar batida por tudo que está em torno. A fofinha achou fofinho o show do Radiohead e acredita que a frase: True love always wait, não é tão verdadeira. Para isso existe peso, e o agente passivo de tamanho amor é leve. De você guardo uma foto da internet e um adeus, que selam este acordo de que, de tempos em tempos, um de nós alimentaria nossas respectivas vaidades.

E ai te pergunto: Aceitarás o amor como eu o encaro?


...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro

Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.


Mário de Andrade

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