quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Boiar

Tem horas que bate um grande cansaço, daqueles que nem a noite mais bem dormida conseguiria renovar as energias. Bate um cansaço das coisas que se vê, das experiências que se vive, de ser positivo, de ser negativo, de esperar, de ser forte, de aceitar a fraqueza, de se sentir resignado, do que te dizem, do que você fala.
Tem dias que dá vontade de começar tudo de novo, de mudar o passado, de desconsiderar o presente, de não se preocupar com o futuro, de não depender de ninguém.
Tem mês que mesmo que seja inverno estamos verão, e tem outros que estamos primavera em pleno outono.
Tem anos que merecem ser esquecidos, e outros que poderiam se replicar aos borbotões.
Existem momentos em que boiar seria o ideal, e ouvir o silêncio d'água com as orelhas imersas, e olhar para a lua nova que aparece em dia claros, e não pensar em nada, não desejar nada, não querer nada... nada.

2 comentários:

Antônio LaCarne disse...

Faço das suas as minhas palavras. Isso foi a melhor coisa que eu poderia ler numa manhã de segunda, dia onde cada recomeço soa como uma facada no coração.
Antes mesmo de chegar ao teu blog, pensei: "Meu Deus, há tanto o que fazer e tudo que eu quero é me trancar num quarto e ser eu mesmo".

Enfim...

:)

Julieta disse...

Quero boiar junto.