domingo, 15 de janeiro de 2012

O que se espera quando não se espera

A Bahia não permite pensar em muita coisa. O tempo lá é outro e a distância muitas vezes faz bem. Das duas vezes recentes que fui para o Nordeste quando voltei cheguei à conclusão que o sudeste não me faz, definitivamente, bem. Deveria ficar por lá entre águas de coco, redes e cheiro.
Depois de 5 anos tentando controlar o futuro que chegava à meia-noite, dei uma chance para uma certa brisa leve bater dentro de uma barraca com motivos psicodélicos. Na noite anterior a pegar a estrada joguei fora a escova de dente que ainda não apontava, através de suas cerdas, a hora da troca, mas que começou a ser usada junto a uma troca de fluídos corporais. Já estava decidida a não levar ninguém comigo para 2012,  e nem meus medos, e nem minhas inseguranças, e nem meu banco, e muito menos minha operadora de celular. Ainda nessa noite, senti a lança randômica do cupido apontar para um alvo até então nunca visto, e fiquei feliz de saber que de onde saiu tanta história que este blog acompanhou, pode sair ainda mais algumas.
Viajei, voltei.
Arrumei tudo para começar direito, gosto da ideia de 12 meses novos para preencher com coisas,de preferência, novas. Sempre adorei inicio de aula por causa dos cadernos. Também decidi começar a correr e fazer ioga para ver se mantenho o equilibrio. Quer dizer,  é mais atingir o equilibrio do que manter.
Não sei ainda o que fazer com o blog, não ando com muita vontade de escrever, estou colocando a culpa nas mudanças e nos pulos dados dentro d'água junto às tartarugas no dia 31 de dezembro. Talvez tudo volte ao normal, talvez eu não escreva mais, talvez, quem sabe, eu consiga viver mais e imaginar menos. Ou seguir um caminho de imagens belas.
No momento, eu sei que agora eu sou cliente Itaú, que meu celular é da Vivo e que minha internet será da Virtua. Acho que está bom, em matéria de certezas. Hoje é só dia 15 de janeiro.

2 comentários:

Julieta disse...

sou cliente Itaú e Vivo também.
Alma gêmea.

Catarina disse...

Eu ainda não tive reveillon... Será que vale pular sete ondinhas no carnaval? rsrs