Eu sempre gostei de final de ano, da luz desses últimos meses, do horário de verão, da expectativa do Natal e de escolher a roupa do ano novo. Gostava de criar lista de resoluções, de fazer um balanço do que tinha passado, e de imaginar todas as possibilidades contidas na célebre frase "que tudo se realize no ano que vai nascer". Em 2006 meu fim de ano foi estranho, em 2008 também, e pelo visto em 2012 também será, a não ser que um milagre aconteça ou a profecia Maia se cumpra no dia 21 de dezembro. Hoje eu tinha planejado ir a praia no finalzinho do dia, fazer uma lista de coisas que gostaria de por em prática, comprar um bíquini e, com sorte, comprar uma passagem de avião. Porém, a realidade surpreendeu os presentes na sala, o ar ficou pesado e os planos foram suspensos por tempo indeterminado. E eu que estava disposta a aprender lidar com a facilidade e o medo de perder, a dificuldade de acreditar que sim, é possível construir histórias felizes e cultivá-las de forma real, e que não necessariamente toda mudança é um fim, me vi com uma imensa vontade de me esconder debaixo do edredon, esperando o momento que alguém me tiraria de lá sem que eu pedisse qualquer ajuda e me contasse ao pé do ouvido que simplesmente essa semana não existiu. Infelizmente ela está aí, me pedindo mais uma vez que tire forças sabe-se lá de onde, junto com uma fé, e com uma esperança de que dias melhores virão. Essa noite, mais do que ter ido a praia à tarde, comprado um biquíni, e ter feito uma lista, eu gostaria de um colo que me trouxesse segurança, e que me dissesse até eu acreditar que tudo vai ficar bem, e que eu (nós) vou (vamos) ter a chance mais uma vez de ser plenamente feliz .
Um comentário:
Tudo vai ficar bem, super amada! Vamos comprar um biquini juntas e ir a praia no fim de tarde e te ofereço meu ombro... com muito amor e água de coco
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