sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Contemporaneidade Ecumênica


Domingo resolvi andar de bicicleta. A insônia já tinha acontecido, e mesmo tendo ido dormir às 4 da manhã, três horas e meia depois eu estava muito animada. Já faz tempo não ando de bicicleta, e, quando não venta, o que é bom fica ainda melhor. Resolvi ir até Copacabana. A pista da praia, mesmo fechada, estava bem transitável. Milagre, pensei eu. Passado o Marimbás caio dentro de uma passeata pró fé. Não sei se estava divida por alas, se era tudo junto, sei que caí no meio dos Espíritas e do pessoal da Umbanda. Várias entidades à minha volta, muita energia rolando, caravanas do subúrbio do Rio, crianças com a cabeça feita e muita guia. Pensei em ir embora, mas fiquei curiosa em saber o que tinha atrás do outro carro de som. Infelizmente, não pude satisfazer minha curiosidade. Atrás de um bando de fiéis, uma senhora vira e diz: "Volta para casa, hoje não é dia de andar de bicicleta!". Eu estava achando que era, mas resolvi não contrariar, dei meia volta e fui para casa.
Ok.

Terça- Feira fui pegar meus óculos medonhos. Pedi para a chefe e ela comprou. Feinho que dói, mas agora com lente. Resolvi fazer em uma ótica que fica na galeria do trabalho.Copacabana tem muito velhinho, velhinho usa óculos e é pecado tirar muito dinheiro de velhinho. A ótica se chama Gypsy. Peguei minha bolsinha com aquele mimo dentro, minha receita, minhas velhas lentes e fui embora. Quando abri a bolsa, dentro tinha um papel de catequização evangélica. Li atentamente e voltei para o nome da loja: Gypsy.

O Jesus evangélico é cigano, e Copacabana é um exemplo de mélange religiosa.

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